segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Aquela estrela!!!!!


O que aconchega é a fé que me diz que a vida não é só isto....
Acredito que tudo funciona na mais sublime perfeição para ser só uma passagem, e não é uma questão de crença religiosa, mas por constatar que a vida, o mundo, a natureza.... tudo o que não foi construído pela mão do homem, existe duma forma tão harmoniosa, tão grandiosa, que não pode ser obra do acaso, mas de algo ou alguém igualmente perfeito, harmonioso, grandioso... enfim, não pode ser obra do acaso definitivamente.

E no ano passado aconteceu uma coisa no Brasil, que no momento em que aconteceu, tive a certeza absoluta que realmente há muita coisa para além desta vida.
Fomos visitar uma outra cidade, no carro duma amiga brasileira, quando voltávamos à noite, furámos 2 pneus em plena BR (que é Via-Rápida lá do sitio, mas com mais buracos que uma estrada de cabras). No Brasil tudo é longe de tudo, os brasileiros acham a distancia de 100 km uma coisa de nada.....! Pudera, o país é tão grande... E a Br que liga Natal a João Pessoa, não tem nada, são 100 km com canaviais e mata dum lado e do outro. Foi nesta fantástica paisagem que furámos os pneus, no meio do nada, 4 mulheres sozinhas e só com um pneu sobressalente. Foi a única altura no Brasil que tive realmente medo.... Conseguimos encostar o carro na berma e tentámos mudar 1 pneu, mas a dona do carro não percebia nada de mudança de pneus e eu não percebia nada de macacos brasileiros.... Fizemos tudo o que era possível mas não resolvemos nada. Era cerca de 1 da madrugada, estávamos a ficar desesperadas, já tentávamos parar os carros que passavam (que assustados se desviavam de nós), ligámos para a Policia Federal e nada, mandariam um carro quando fosse oportuno (o que nunca foi)....E sob aquele céu imensamente estrelado, estávamos cada vez mais aterradas...porque na realidade os carros fugiam de nós, mas não sabíamos se algum pararia para nos fazer mal, afinal estávamos no Brasil e a própria amiga brasileira estava em pânico e assustadissíma por estar ali.
A Beta de repente diz-me, olhando para o céu..."....e se pedisses ao teu amigo Rui Pina, para nos vir ajudar? ele nunca te deixou agarrada, pode ser que se lhe pedires, ele ajude....bem precisamos agora..." e não é que, numa questão de segundos, minutos, mas poucos... um carro começa a abrandar com um casal, para nos ajudar???? Eu e a Beta ficámos a olhar incrédulas uma para a outra, bem como a irmã...era absolutamente incrível, até arrepiou....
Não havia palavras, ainda hoje não há, e não é história, aconteceu realmente.
Só olhei para o céu, e agradeci..."Obrigada Rui, nem agora, nem aqui, tu deixaste de vir, obrigada"
Foi coincidência? Acaso? Talvez sim...ou talvez não... Quem sabe?
Eu ACREDITO que naquele lugar, aquela hora, tu estiveste lá.

sábado, 24 de outubro de 2009

Tanto tempo....

O tempo vai passando, e de repente chegam umas saudades, uma tristeza..... que não dá para explicar!
Se por qualquer motivo, páro e penso, não consigo deixar de sentir um aperto no coração...
E não dá para sanar, porque já cá não estás. E nestes momentos só me apetecia ter-te perto para te ralhar, insultar e bater até me cansar.
Porque é que o fizeste? Não sabias que estavas rodeado de quem te amava? Acredita que a primeira coisa que vou fazer quando nos encontrarmos é bater-te... Depois de te abraçar prolongadamente, claro!

Adoro-te, sempre te adorei e vou adorar.

sábado, 12 de julho de 2008


Não consigo deixar de pensar que nos vamos encontrar...
Por vezes sonho contigo e fico com a nítida impressão que não foi um sonho, que realmente estivemos juntos e por mais que me esforce, não consigo afastar essa ideia.

 

quinta-feira, 10 de julho de 2008


No dia 28 de Abril de 2006, nasceu uma nova estrela no céu. 

Lá perto há um lugar para o qual um dia gostaria de ir...

Sei, do fundo do coração que nos voltaremos a encontrar...









terça-feira, 8 de julho de 2008

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste


Carlos Drummond de Andrade